Operação mira esquema de extorsão contra escolinhas de esporte na Praia da Barra; servidores da prefeitura são alvos

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Estabelecimentos chegavam a pagar até R$ 4 mil por mês para servidor da prefeitura. Investigações começaram há um ano, quando polícia foi procurada pela própria Prefeitura do Rio para fazer a denúncia.

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) iniciou, na manhã desta quarta-feira (13), uma operação para combater extorsões praticadas por agentes da Prefeitura do Rio contra donos de escolinhas nas areias da Praia da Barra da Tijuca. A ação conta com o apoio da Corregedoria da Secretaria de Ordem Pública da capital fluminense. A denúncia do esquema foi do próprio poder municipal.

De acordo com as investigações, os crimes eram cometidos contra os responsáveis por ministrar aulas de várias modalidades esportivas como beach tênis, vôlei de praia, treinamento funcional, entre outros.

O principal alvo da ação da polícia é um servidor da Secretaria Municipal de Fazenda, lotado na Coordenadoria de Controle Urbano (CCU). Os policiais cumprem mandados de busca e apreensão na Barra da Tijuca e em Jacarepaguá, em endereços vinculados a ele. A juíza da 23 ª Vara Criminal da Capital também determinou o afastamento imediato do funcionário das funções fiscalizatórias.

As investigações mostraram que ele liderava um esquema que contava com outros agentes públicos.

Investigação

As investigações começaram há um ano, após uma denúncia feita pela própria Prefeitura do Rio à Draco-IE, solicitando a apuração de que o homem exigia dos responsáveis pela realização das atividades esportivas na orla da Barra cerca de 10% das mensalidades de todos os alunos para que fosse autorizada a prática das atividades.

De acordo com a Polícia Civil, ele solicitava, inclusive, a prestação de contas com a lista de presença de alunos, alegando que as areias do bairro eram de sua supervisão e responsabilidade.

Os policiais, ao lado da corregedoria do órgão, também foram até a sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, região central da cidade, buscando documentos que auxiliem as investigações.

Agressão a vítima que se recusou a pagar
Em uma das ações, um dos suspeitos chegou a agredir uma pessoa que não quis pagar, e foi à delegacia registrar o caso contra a vítima.

Ao saber ao fato, a Seop abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o servidor. O tomar conhecimento que estava sendo investigado, ele tentou agredir um subsecretário da instituição.

Segundo as investigações, ele exigia a lista de alunos para saber quanto o empresário ganhava e chegou a cobrar R$ 4 mil de apenas um empresário. As vítimas disseram que tiveram que depositar uma quantia na conta pessoal do servidor. Ele é lotado na Coordenadoria de Controle Urbano (CCU) e tem salário de R$ 13 mil.

O servidor era investigado internamente na Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) por “condutas criminosas omissivas e desrespeitosas” e por “agressividade incontrolável” após uma vítima se recusar a pagar propina.

 

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