Preparador demitido pelo Flamengo após socar Pedro se concilia com atacante e diz estar ‘tudo esclarecido’
Segundo o advogado Marcelo Cruz, que representa o preparador físico Pablo Fernández, o atacante manifestou desinteresse pelo prosseguimento do processo após conciliação.
O atacante Pedro, do Flamengo, e o preparador físico Pablo Fernández, demitido pelo clube após dar um soco no jogador, se conciliaram nesta terça-feira (29), após audiência no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. O g1 apurou junto ao advogado Marcelo Cruz, que representa Pablo, que o processo foi extinto após o atleta manifestar desinteresse no prosseguimento da ação.
Segundo Marcelo Cruz, que é de Santos, no litoral de São Paulo, Pedro inicialmente queria que Pablo respondesse criminalmente. No entanto, de acordo com o advogado, a situação mudou após conciliação.
“O mais importante é que ambos [o preparador físico e o jogador] entenderam ao final que tudo não passou de um mal entendido e de um fato isolado na vida e carreira deles”, explicou Cruz, ao g1.
O que diz o preparador
Em entrevista após a audiência, Pablo Fernández afirmou que a situação foi uma “fatalidade que ocasionou prejuízo para muita gente”. Ele acrescentou que o tema, agora, está finalizado.
“Tive hoje a oportunidade de, pessoalmente, pedir desculpas. Está tudo esclarecido”, afirmou.
Pedro aceita desculpas
Ao g1, o advogado Youri Nésio Abreu, que representa Pedro, explicou que o atacante já havia aceitado o pedido de desculpas feito pelo preparador físico por meio do filho do profissional, também integrante da comissão técnica do Flamengo.
Youri Nésio acrescentou que, sendo assim, o processo permanecerá arquivado provisoriamente pelo prazo de seis meses e, caso fato novo venha a acontecer, será arquivado definitivamente.
Sentimento do preparador
“Além de arrependido, está muito triste com o episódio”, disse ao g1 o advogado, sobre Pablo Fernández, no início deste mês. “Ele tem um carinho muito especial com todo o elenco do clube do Flamengo”.
O advogado acrescentou que Pablo Fernández, até onde se sabe, é uma pessoa “muito bem quista” no Flamengo. O profissional ressaltou que a agressão aconteceu em um ato “absolutamente pontual e isolado”, quando o grupo estava em meio à uma competição de relevância, o Campeonato Brasileiro.
“Quanto mais alto o nível da competição, mais aflorados ficam os ânimos com os adversários e, muitas vezes, dentro da própria equipe. Mas não que o Pablo tenha ou tivesse, efetivamente, algo contra o atleta. Nada disso”, ressaltou Marcelo Cruz.