Laudo inicial de necropsia de morto após Garota Vip não aponta sinais de violência que justifiquem morte por agressão

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Exames laboratoriais serão feitos pelos peritos que trabalham no caso. Investigadores solicitarão imagens de câmeras de segurança do Parque Olímpico.

O laudo inicial da necropsia feita no Instituto Médico-Legal (IML) aponta que o corpo de Gilsonei Vasconcelos Xavier não apresentava sinais de violência que justificassem a morte por agressão. A Polícia Civil aguarda o resultado de outros exames laboratoriais complementares feitos no barbeiro, cujo corpo foi achado em um condomínio da Aeronáutica que fica ao lado do Parque Olímpico, onde ele tinha participado do evento Garota Vip, que aconteceu no sábado (19).

Peritos consultados pela TV Globo afirmaram que as informações do documento não mostram indício de violência que justifique a morte. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital.

Imagens de câmeras de segurança do evento serão solicitadas pelos investigadores, que ainda estão ouvindo o depoimento de testemunhas do caso.

A família contou que várias pessoas entraram em contato para dizer que testemunharam Gilsonei ser agredido no evento.

O corpo de Gilsonei será sepultado às 15h30 desta terça-feira (22) no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador.

A família recebeu a notícia da morte por telefone na tarde de domingo e foi até a 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso foi registrado. Os parentes postaram uma homenagem em uma rede social.

A irmã conta que ouviu da polícia que a primeira suspeita era que ele tivesse pulado o muro durante a festa e caído na calçada, mas outra versão surgiu. Após a postagem da família, testemunhas procuraram os parentes para contar que Gilsonei foi espancado em uma confusão no evento.

Uma das testemunhas estava perto do banheiro e disse que viu as agressões.

“Eu estava saindo do banheiro e vi um rapaz visivelmente alcoolizado, ele parecia estar esperando alguém que estava no banheiro e o segurança estava o conduzindo para fora, ele não reagiu, ele acompanhou o segurança. Quando ele saiu, que estava já na porta do banheiro assim, na porta desse corredor, na entrada, uma moça que estava saindo na minha frente e começou a questionar o rapaz de forma bem incisiva, falando que ele não tinha que estar ali”, disse a testemunha, que não quis ser identificada.

Ela relata como foi a agressão que testemunhou.

“Quando eu vi, veio um cara correndo em uma velocidade alta e ele empurra o cara no chão, sem nem saber o que estava acontecendo. E a cabeça do cara faz um barulho absurdo no chão. Na hora que eu vi e ouvi o barulho, eu dei um grito”, contou a testemunha.

A Polícia Militar afirma que não foi acionada.

A Força Aérea Brasileira afirmou que o corpo de Gilsonei foi encontrado após uma ronda dentro do condomínio e que imediatamente o Samu e a Polícia Civil foram acionados. A FAB afirmou ainda que colabora com as investigações.

Em nota, a organização do Garota VIP afirmou que “durante o evento, não houve qualquer intercorrência registrada pelos órgãos públicos no local” e que foi pega de surpresa “com a trágica notícia de que o corpo de Gilsonei fora encontrado a cerca de 2 quilômetros do evento, dentro de um condomínio militar”.

“A produção do evento se solidariza com a família de Gilsonei neste momento dificil, e, desde já, se coloca à total disposição para cooperar e prestar quaisquer informações necessárias para os órgãos responsáveis pela elucidação dos fatos”, acrescentou a organização do evento.

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