Anvisa passa a exigir retenção de receita para Ozempic e medicamentos similares
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou nesta quarta-feira (16) uma nova medida que impacta diretamente quem faz uso de medicamentos para emagrecimento. A partir de agora, remédios como Ozempic, Wegovy e Saxenda só poderão ser vendidos mediante apresentação e retenção da receita médica.
Mudança no controle de venda
A decisão tem como objetivo aumentar o controle sobre o uso de medicamentos indicados principalmente para tratar obesidade e sobrepeso, cujos princípios ativos, como a semaglutida, passaram a ser amplamente utilizados fora da indicação original — prática conhecida como off label. A medida foi motivada por críticas crescentes da comunidade médica, que apontava a facilidade de acesso a essas substâncias como fator preocupante.
Uso original e popularização para emagrecimento
O Ozempic foi aprovado no Brasil em janeiro de 2019 para o tratamento de diabetes tipo 2. No entanto, sua eficácia na perda de peso levou à popularização entre pacientes e profissionais de saúde como alternativa para emagrecimento. Com tarja vermelha, esses medicamentos vinham sendo vendidos em farmácias sem a exigência de retenção da receita, o que agora passa a ser proibido.
Preocupações médicas e posicionamento do CFM
O Conselho Federal de Medicina (CFM) já havia se manifestado sobre o tema. Em carta recente, médicos recomendaram maior rigor no controle da prescrição de medicamentos como o Ozempic, especialmente em usos voltados à perda de peso sem supervisão adequada. A recomendação médica visa evitar o uso indiscriminado e os potenciais riscos à saúde.
Impacto para pacientes e farmácias
Com a nova regulamentação, os pacientes precisarão apresentar a receita médica nas farmácias, que deverão reter o documento no momento da venda. A mudança visa coibir o uso indevido e garantir que o tratamento seja feito com o devido acompanhamento profissional.
Outros destaques e alternativas em teste
Além do Ozempic, outras opções como Mounjaro e hormônios em fase de teste vêm sendo estudados como alternativas no combate à obesidade. Enquanto isso, o debate sobre os benefícios e riscos do uso contínuo dessas substâncias segue em alta na comunidade científica.
Atenção aos efeitos adversos
Especialistas alertam ainda para os efeitos colaterais comuns durante o tratamento, como náuseas e mal-estar. Estratégias para aliviar esses sintomas vêm sendo compartilhadas por médicos e pacientes em fóruns de saúde e bem-estar.