Inovação na área da saúde: especialistas revelam bastidores e desafios em evento promovido online pela Venture Hub
A Venture Hub realizou um encontro online com especialistas de duas gigantes do setor de saúde para discutir os caminhos, os desafios e as boas práticas da inovação em saúde.
O bate-papo, mediado pelo VP de Inovação Corporativa da Venture Hub reuniu executivas da EMS e do Hospital Israelita Albert Einstein, em uma conversa aberta sobre estratégias, gestão e transformação no setor.
Com mais de 250 projetos de inovação no portfólio e parcerias com 90 empresas de diversos portes, a Venture Hub tem liderado discussões sobre como estruturar, escalar e gerar valor real a partir da inovação. O evento reforçou que, no setor da saúde, inovar exige muito mais do que tecnologia – exige visão estratégica, integração multidisciplinar e coragem para navegar em ambientes regulatórios complexos.
Inovação com propósito e estratégia
Lívia Matsuda destacou o papel da inovação como fator central de crescimento dentro da indústria farmacêutica. “Quando a gente fala em propriedade intelectual, é uma área extremamente estratégica. Na indústria da saúde, na área farmacêutica, precisamos proteger informação, mas também precisamos nos conectar com todos os outros players do ecossistema. Esse é o desafio: como a gente cria esse canal e como a gente atua como esse canal, enquanto área de gestão da inovação, para atuar junto com universidades, hubs e startups”, afirmou.
Ela também explicou que a prospecção de novas tecnologias na empresa parte sempre da estratégia da companhia: “Nossa busca por novos produtos ou tecnologias começa pelas áreas terapêuticas prioritárias, pelas marcas que queremos fortalecer e pelas tendências de mercado. A inovação tem que nascer com alinhamento estratégico”.
Da ideia ao impacto: venture building no Einstein
Carolina Araripe compartilhou um pouco de como funciona o processo de venture building da instituição, que trabalha com ideias ainda em estágios iniciais de maturidade. “O nosso trabalho começa na originação. Estamos ali junto com o pesquisador, o empreendedor, o inventor – ainda no nível da ideia. Antes mesmo do CNPJ existir”, comentou.
Ela também ressaltou a importância de um processo estruturado e colaborativo de screening para avaliar essas ideias: “Temos um time enxuto, mas que atua de forma integrada com representantes de várias áreas: especialistas de propriedade intelectual, consultores, médicos, analistas de mercado e de ecossistema de startups. A gente costura todas essas visões para decidir o que realmente vale aprofundar”.
IA, jornada do paciente e o desafio de priorizar
As convidadas também comentaram sobre a democratização da inteligência artificial e seu impacto na jornada do paciente e nos processos internos das instituições. Mas deixaram claro que, junto com as oportunidades, surgem os desafios: “Tem muita ideia chegando – tanto internamente quanto do ecossistema. E é fundamental saber dizer ‘não’ com responsabilidade. Nem toda ideia boa pode ou deve ser priorizada”, afirmou a representante do Einstein.
Conexão como chave para a inovação em saúde
Ao final do encontro, ficou evidente que a inovação em saúde depende da conexão entre estratégia, colaboração e coragem para experimentar. Projetos como Leish Detect e Sampa foram citados como exemplos de inovação com impacto social, viabilizados por meio de parcerias e financiamento externo.
Para a Venture Hub, que atua conectando empresas, startups e pesquisadores, o evento foi mais um passo na missão de fortalecer o ecossistema de inovação em saúde. “Inovar não é um fim em si. É um meio de gerar valor real para pacientes, profissionais e organizações – e isso exige colaboração constante”, reforçou José Eduardo Azarite, VP de Inovação Corporativa da Venture Hub.
Interessados em se aprofundar no tema podem conferir o evento na íntegra, disponível no canal do Youtube da Venture Hub.
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